terça-feira, 26 de março de 2013

Jesus, Deus ou Filósofo?


Jesus , Deus ou filósofo?



Imagino que Jesus além de seus dotes de beleza , perspicácia e uma intuição gerada pela inteligência incrivelmente privilegiada tenha sido o maior e verdadeiro filósofo da humanidade.


Mestre ele era pelo seu extraordinário poder de conduzir com evidente carisma os homens comuns, um líder em toda a expressão da palavra.


Parapsicólogo mais por intuição do que por qualquer pesquisa ou estudo, Jesus Cristo pode até ter sido o filho de Deus, mas antes de qualquer coisa, ele era o filósofo que impressionou e subjugou positiva e psicologicamente o mundo inteiro.


Injustiçado, incompreendido, traído em todos os aspectos foi também a vítima. E essa figura além de ser real torna-se motivo de devoção e fanatismo. Não que seja um fanatismo comum, desses que existem pelos artistas e pessoas que conseguiram celebridade, enquanto atuam ou estão relativamente presentes.


Muito mais do que esse poder transitório o Mestre foi a figura mais incomum já nascida em qualquer tempo.


Amor ele sabia proclamar pelo vulto impressionante, os olhos cuja expressão absorvente impressionava as pessoas em geral, a maneira singular de conduzir-se e os atos afoitos.


Com a mulher adúltera ou Maria Madalena ele sensibilizou pelo espírito de justiça inerente em suas ações e que suscita, sem dúvida alguma uma reação amistosa .


Ressuscitando os mortos, erguendo os injustiçados, gritando com os desrespeitadores do templo ou arremessando sua fúria contra os fariseus, Jesus era sempre a figura benéfica, amiga, justiceira que o mundo espera ver e aplaudir.


Filho de um carpinteiro, simples e comum e de uma mulher devota , nascido numa choupana de palha sem condições de quase sobrevivência o filho de Deus encontrou em sua história emocionante adeptos e seguidores.


Além disso, intrépido desde criança muitas vezes rude quando era necessário, piedoso e extremamente magnânimo com os pobres e não privilegiados o mestre encantava e ao mesmo tempo causava temor como qualquer gênio poderoso e literalmente extraordinário . Mas foi seu julgamento impiedoso, seu sofrimento lamentável, o caminho de martírio dramático e desumano que o tornaram o maior homem da humanidade, mesmo que não fosse Deus.


A doçura que ostenta nos momentos de maior aflição, seu perdão quando já quase morria , a meiguice no instante que só caberia revolta e dor, o amor pelos ladrões que a seu lado blasfemavam,o sentimento de compreensão enquanto via sua mãe e parentes sofrerem nos levam ao sentimento de respeito , ternura, e enorme admiração por esse homem extraordinário.


Quando foi negado três vezes por quem lhe jurara fidelidade como Pedro, tornando-o depois o chefe da Igreja ou seja seu substituto oficial; o perdão ao próprio Judas, e tudo que cercou seus trinta e três anos de vida fazem de Jesus o maior mártir que a humanidade conheceu.


Deus , carismático ou ambos ele foi, insisto em dizer principalmente além do mártir o maior filósofo que a humanidade conheceu, conhece e conhecerá em todos os tempos

Vânia Moreira Diniz.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O nosso controvertido e brilhante Cazuza





Cazuza encerra o símbolo de muitos jovens da década de 80. Claro que nele havia a inspiração profunda de uma geração ansiosa até hoje numa procura incessante. Sua insatisfação estava em sempre querer mais buscando na própria inspiração lenitivo que nunca viria porque sua criatividade aumentava extraordinariamente.

         Lutou incessantemente para mostrar o que ia dentro de sua alma e o primeiro disco que lançou foi reconhecido: Entre as músicas  “Tudo que houver nessa vida”, agradou muitíssimo a toda a classe artística. Nesse momento não era apenas o cantor, mas um poeta  mostrando as suas potencialidades, abrindo o caminho e demonstrando um valor que ele desbravara pelos caminhos.

Não foi tão fácil assim o início de sua estrada, mas o talento estava ali, faltando apenas que se mostrasse em sua plenitude. Seu segundo disco, embora bastante vendido não fez tanto sucesso como o primeiro. Mas o repertório bem escolhido manteve o entusiasmo do público

Foi quando iniciou sua carreira solo que se mostrou mais vibrante e que o verdadeiro sucesso começa a chamar a atenção do mundo artístico. Ao lado do início de sua apoteose, ele se certifica que estava com o tenebroso vírus da Aids e faz exames para confirmar o que  já pressentia. Um longo caminho de sofrimentos e glórias.

E então quando obtém essa confirmação, anuncia claramente numa revista que está com a doença que principalmente naquela época era fatal, sofrida, discriminada e dolorosa.

 No momento quero falar um pouquinho desse artista extraordinário que não arrefeceu com a certeza da doença fatal e continuou, aí compulsivamente a criar com mais garra algo que parecia extravasar de sua alma saindo por todos os poros como se não pudesse mais parar. Era uma figura controvertida, justamente pelo excesso de talento que não podia conter naquele final de sua curta vida.

Seu disco “ideologia” em que se solta  e admite a morte e seus caminhos e fala de problemas sociais vibra ainda mais sua carreira e enquanto subia em glória artística e demonstrava seu genial valor, sua saúde decrescia, com melhoras oriundas até mesmo do fim que estava chegando. Recebe o prêmio Sharp como melhor cantor de pop-rock.

A aparição de Cazuza em público no final de sua vida fazia o povo delirar e em um show na rede Globo cantando uma música de sua autoria, já muito mal e em cadeiras de rodas levou todo o Brasil às lágrimas.

Morreu aos 32 anos depois de uma vida breve, mas incessante, intensa, produtiva, sofrida e fulgurosa, expandindo controvertidamente lirismo, amor, protesto,verdade, talento fascinantemente questionado e valor incontestável. Mais do que se tivesse vivido 80 anos e deixando o seu trabalho e composições, sua idéias e anseios que nunca realmente morrerão.
Vânia Moreira Diniz

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulher fascinante e feminina


Dia Internacional da Mulher

 Vânia Moreira Diniz

O dia Internacional da mulher está se aproximando com muita vibração, uma data que enobrece o ser humano, não só a nós mulheres como aos homens. E isso porque nos lembra que ninguém poderia jamais permanecer aceitando um tipo de comportamento que lembraria sempre em seus mínimos aspectos, exclusão, preconceito e maldade.

      A mulher foi à luta e o homem teve que admitir pelo menos os mais elucidados, que uma parceira não é simplesmente uma pessoa que o acompanha, mas alguém com potencialidades imensas e de quem o mundo estava carente.

        Embora tenha nascido numa família que sempre enalteceu o papel feminino com pai e avô admirando e respeitando as mulheres da família e todas em geral, tive oportunidade ainda pequena  de presenciar uma cena dolorosa. Um parente afastado, cujo impulso me decepcionou dolorosamente pela demonstração de agressividade, insensibilidade e truculência que deixou marcas profundas e compreensíveis em minha alma.

       Poderia ter sido um ponto negativo em minha vida, mas ao contrário deu-me mais vontade de lutar contra qualquer espécie de discriminação e permanecer mais doce e sensível, na certeza de que só com bondade e compreensão venceríamos  as verdadeiras batalhas.
    
        Poderia ter transbordado meu coração em dúvidas e incertezas, todavia  uma força estranha e poderosa  levou-me a amar vigorosamente as pessoas e realizar algo que fosse como um antídoto   em determinadas situações  transmitindo e recebendo carinho e ternura na grande maioria de meu entendimento com irmãos de caminhada.

         A batalha dos direitos das mulheres continua sempre, embora vez por outra percebamos uma sutil ironia masculina na comemoração de tão gigantesca data. Mas esses são uma minoria e por isso mesmo não nos preocupa.

O Dia Internacional das Mulheres nasceu não para desafiar, muito pelo contrário, veio para que lembrássemos sempre de uma vitória que favoreceu a humanidade em geral. É claro que temos ainda muita luta pela frente, e a certeza que devemos ficar sempre alertas e conscientes. Não conseguimos tudo ainda. Em muitas oportunidades vemos tristemente que a mulher em muitos aspectos sofre preconceitos incompreensíveis e por isso continuamos determinadas e, acreditando sempre nesse futuro promissor, em cada dia de nossas vidas. E já vencemos a maior parte. Agora é só prosseguir com ética e sem fanatismos incongruentes.

           A luta está praticamente vencedora porém devemos lembrar-nos que nada é mais importante  além da libertação e independência conquistadas do que as características oriundas de nosso sexo. Ou seja, a feminilidade deve ser a principal arma com a qual nos defenderemos intrínseca e verdadeiramente. Sem esse fascínio, sedução no sentido lato da palavra, de nada adiantará as vitórias conquistadas a duras e dolorosas batalhas porque se tornará impossível a concretização plena, mesclada de independência e feminilidade.

          Caminhemos sempre preocupadas com nossas vitórias no mundo, com firmeza e persistência o que, aliás, já é uma evidência, mas convictas que nada será harmonioso se não conservarmos a particularidade intrínseca que é a maior força da mulher: O encanto natural, espontâneo, doce, desejável, mas resistente à qualquer machismo incompreensível, atração verdadeira e maravilhosa, que vence obstáculos e ultrapassa empecilhos quase intransponíveis.

          E irmanada a todas as mulheres do mundo  confraternizo-me pelo  nosso dia que deve ser comemorado diariamente,  com a fibra, coragem e valor de cada uma em particular, mas lembrando que será mais eficiente  se estivermos unidas nos mesmos ideais.
Vânia Moreira Diniz
2013
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