terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Estou saindo de férias

 

Amigos,
Estou entrando de férias. Só recomeçarei no mês de fevereiro.

O ano inteiro foi cheio de eventos e estive presente em praticamente todos representando a Academia de Letras do Brasil –DF e a mim mesma como escritora e poeta. Além disso estive em todas as reuniões necessárias para o aprimoramento de nossa classe e para  que a profissão de escritor seja respeitada em nosso país. O trabalho foi intenso.Isso realmente me deu grande prazer.

Ao lado disso tive algumas perdas dolorosas de pessoas que amo muito e alguém que ainda se recupera de uma doença grave.

Isso tudo abala emocionalmente. Mas tive uma grande comemoração entre as pessoas de minha família. Meu marido e eu completamos 50 anos de casados no dia 23 de dezembro  e foi uma
emoção que festejamos apenas com a família e cujas fotos em breve , depois de organizá-las mandarei para vocês.

Íamos realizar uma grande festa convidando todos os amigos, mas resolvemos fazer um belíssimo Jantar apenas com a família para não desrespeitar   a partida dessas pessoas queridas.
Foi lindíssimo e emocionante.

Aproveitarei essas férias para passear, trabalhar no livro que pretendo editar antes da Feira do Livro  e também fazer algumas publicações em meu blog pessoal Ressurgindo (http://ressurgindo.blogspot.com)e correções de links e outras coisas que precisam ser revistas no Portal Vânia Diniz.(http://www.vaniadiniz.pro.br)

Agradeço a todos o brilhantismo desse ano de 2011, a colaboração, o carinho, a amizade, a preocupação e o talento expresso em suas colunas no Portal VMD e também em outros espaços maravilhosos da internet e fora dela.

Desejo também agradecer os portais que me publicam e que constituem  para mim motivo de satisfação imensa. Muito obrigada pelo carinho, pelos prêmios  pelo reconhecimento.

Quando voltar mandarei um relatório de tudo que foi realizado literária e artisticamente nesse ano que está chegando ao fim e que a ALB deu apoio ou promoveu.
Os meus dias de descanso não impedem de responder com alegria os emails particulares.

Até breve, meus queridos amigos. Vocês todos estão no meu coração.

Agradeço ao Dr. Mário Carabajal  Presidente da ALB Nacional a confiança que deposita em mim e no meu trabalho.

Agradeço especialmente à minha mana Cristina a parceria, ternura, estímulo e muito amor desde que éramos pequenas.

Agradeço também às minhas filhas,netas e bisneta, especialmente ao meu marido a compreensão de me ver trabalhando intensamente
às vezes nas horas de nosso  lazer e me acompanhar em todos os momentos.
Abraços

domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal

Tomo a liberdade de postar no Blog de minha irmã:




Falo do Natal e não pretendo cair em palavras, há muito ditas, sentidas, vividas, embora não saiba que o consiga.

Falo do Natal de hoje, em que o Menino Jesus nasce no coração de cada ser humano, embora muitas vezes, nem acreditem.

Falo do Natal da busca de Deus, não importam os caminhos. Todos nos encontraremos diante Dele, um dia, embora muitas vezes peguemos atalhos diferentes.

Falo do Natal de hoje, em que não valorizo regras humanas para a Ele chegar. Apenas sinto-Lhe a brisa suave de Sua presença.

Falo do Natal de todos nós, que temos esperanças de um mundo melhor, mais ameno, menos competitivo, menos consumista, menos egoísta, menos sofredor.

Falo do Natal dos idosos que apenas esperam um gesto amigo e acretitam que mais cedo ou mais tarde isto acontecerá.

Falo do Natal das crianças pobres, daqueles abandonados pelas ruas, dos que têm pouco a comemorar neste mundo, mas ainda assim olham  para o céu numa vaga esperança de um socorro.

Falo do Natal que já perderam as esperanças e com os quais temos então uma responsabilidade ainda maior.

Falo do Natal dos que choram, dos que têm saudades, dos que não sonham, dos que têm fome, frio e muitas outras carências.

Falo do Natal dos que sofrem injustiças, daqueles que a sociedade os torna diferentes, dos que não acreditam numa continuidade, melhor e me que as afetividades se fazem de forma autêntica e  profunda.

Falo do Natal dos inocentes, que apenas adentraram este mundo ou daqueles que já o estão abandonando.

Falo do Natal de todos, que serão abrigados, recompensados, acariciados por um Deus que está longe do que nem podemos imaginar.

Falo do Natal de pessoas que desejaria abraçar mas que encontro barreiras físicas ou emocionais, motivos mundanos.

Falo do nosso Natal, início de uma etapa, renovação de nossas esperanças, construção, saudades, amor, sonhos, decepções, dor, alegria e tudo mais que está aninhado numa manjedoura e no coração infantil do Menino Jesus.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

De mãos dadas com você



A casa onde crescemos juntas na Rua
Barata Ribeiro- Copacabana- Rio de Janeiro


Texto dedicado à minha irma Cristina pelo dia do seu aniversário- 14 de dezembro

Sinto amor na recordação
daquele ano que me comoveu,
 enquanto ainda criança imaginava
vê-la, tê-la nos braços e sorrir.

Uma criança ia nascer brevemente
e enquanto eu fixava esperançosa,
a barriga de minha mãe durante meses,
sonhava com uma menina como eu.

Vivia cercada de meninos e queria
poder estar ao lado de alguém,
que entendesse o meu choro ou lágrimas,
mesmo que muitos anos nos separassem.

Quando anunciara que era uma menina,
meu coração vibrava tanto e tanto
que me fazia trêmula enquanto imaginava
e pedia que me levassem ao hospital.

Era você, minha mana e eu não acreditava,
Queria carregar, beijar, e poder embalá-la
mas meus braçinhos ainda eram frágeis
e todos me recomendavam cuidado.

Quanto de alegria eu curti naquele momento,
vi que a vida era mais bela do que sonhei,
Agradeci a Deus esse milagre e novamente
tudo parecia colorido, intenso e feliz!

Era você, minha mana que crescia rápido,
enquanto eu me tornava uma adolescente,
e de mãos dadas olhávamos o horizonte,
e de mãos dadas continuamos a sorrir e a chorar.

Vânia Moreira Diniz

Feliz aniversário, mana!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Até breve, primo Heliomar de Alencar Arraes

Cheguei do enterro de um primo muito querido, que me conheceu quando eu era ainda pequena e praticamente acompanhou minha trajetória através do contato que tínhamos.
Conheci  Heliomar na casa de meu avô que reunia jovens estudantes e discorria sobre todos os assuntos com sua grande sabedoria.
Nesse tempo eu era uma criança e ficava encantada com os debates que muitas vezes não compreendia, mas gostava de assistir.
Mais tarde quando já estava casada mudei-me para Brasília e pouco depois meu primo veio também com sua família por motivos de trabalho. Sua mulher e eu tornamo-nos muito amigas. Eloísa é uma mulher inteligente, bondosa, desprendida e houve uma empatia que perdura até hoje.
 Vi meus priminhos, Virgílio, Márcio e Fernanda que atualmente são adultos crescerem e meu marido e eu somos ligados profundamente à toda essa parte da minha família que só nos trouxe momentos de alegria nos encontros, no congraçamento, nos abraços saudosos e na acolhida maravilhosa que eles nos dão. São os únicos parentes que temos na capital além da família que constituímos.
Fico impressionada como somos imprevisíveis diante da finitude da vida. Se pensássemos mais nesse insondável mistério  haveria certamente um mundo mais compassivo, ameno, sem egoísmo , inveja ou outro sentimento negativo.
Vamos morrer um dia e não sabemos quando,  por que então  não curtirmos as alegrias, a companhia das pessoas queridas, os momentos em que  sentimos nossos irmãos de caminhada felizes e porque não compartilhamos com eles nossos momentos mais auspiciosos?
Heliomar era uma pessoa maravilhosa, incapaz de ofender quem quer que fosse, espirituoso  e vibramos  muitas vezes de seu modo de encarar a vida , de sua persistência e da cultura infindável que revelava em todos os assuntos  e isso porque a leitura era seu paradigma.
Digo isso não porque ele não está mais entre nós, mas  pela admiração que sempre nutri pelo meu primo. Quando menos se esperava se saía com uma frase e fazia rir todos que estavam perto dele. Não o fazia propositalmente,  porém com a naturalidade que lhe era inerente.
Encontrei no velório o irmão de Heliomar, Virgílio, que mora no Rio , que eu também admirei desde muito cedo e que foi músico do Conservatório Nacional de Música e continua a interpretar ainda hoje com seu maravilhoso violino. Recordo-me que eu ficava absorvida e fascinada quando o via tocar.
E como a vida nos separou tanto a ponto  de não vê-lo  durante tantos anos e só acontecer  esse encontro numa ocasião tão triste? Por que somos capazes de nos distanciar de pessoas que amamos e admiramos?
Para ilustrar o caráter de Heliomar as suas últimas palavras antes de entrar em coma  foi: “Obrigado por tudo! “
Vá, primo, sei que só poderá estar num lugar de muita paz e luz intensa, mas fique certo que todos que privaram de sua convivência sentirão muita falta de você. Até breve!
Vânia Moreira Diniz

NOITE LITERÁRIA 2


Criança lê prefácio? Partindo do princípio que os livros para crianças são escolhidos principalmente por adultos, atrevo-me a dirigir-me àqueles a quem cabe julgar uma leitura para um jovenzinho.
Aventurando-se na difícil tarefa de agradar aos exigentes pequenos leitores, Vania Diniz foi buscar na sua infância a inspiração mais legítima.

Suas histórias  revivem o mundo fantasioso que a cabecinha de uma menina teve o privilégio de criar.

A autora se permite filosofar através de Ciganinha, trazendo a interpretação infantil, no seu estado mais puro, dos conceitos recebidos de educadores, em especial de um avô idolatrado e de um pai amoroso.

O livro é, portanto, uma valorização de ensinamentos morais e aborda, com muita propriedade, o papel da família na formação de uma criança.

São muitos os exemplos a serem seguidos, na imagem da avó linda e culta, que entendia línguas, no do avô escritor, exigente e severo, mas carinhoso, no do pai que escutava todas as suas ponderações e que dava limites aos seus rasgos de generosidade, no da babá que a acordava de seus sonhos, sempre tolerante.

O imaginário de “Ciganinha” é sem limites e deixa a mensagem de que a criatividade merece um espaço fundamental na vida das crianças, posto que o sonho faz parte do idealismo que deveria ser incentivado. Infelizmente, o jovem de hoje está muitas vezes sujeito a condições precárias de vida, que o obrigam a enfrentar uma realidade dura, ou sufocado pelo excesso de tecnologia, motivos ambos responsáveis pelo bloqueio da criatividade.

A mistura da realidade com a fantasia tem um saldo positivo no sonho de Ciganinha de ser escritora e de crescer para ser levada a sério. Ir para a casa do avô venerado era prêmio, e dele veio a lição dos deveres e direitos que nortearam sua vida.


Na conturbação do mundo atual, onde a sociedade poucos bons exemplos transmite às suas crianças, o livro é um trabalho precioso que minha querida amiga Vania Diniz nos oferece, nessa abordagem de valores morais que todos deveriam se preocupar em resgatar.
Vania Diniz consagrou-se como autora de livros de prosa e poesia, dois deles recentemente publicados – “Pelos Caminhos da Vida” e “Pelos Caminhos da Alma” - além de um romance, e sua estréia com livros infantis merece nosso maior respeito.
Vania Serra Hoffmann
Escritora -Alemanha
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