A inclusão social está sendo veiculada nas reuniões sociais, na mídia, nas conversas informais mas sem o sentido de verdadeira determinação.. Como aquecimento de algo que toca o coração e aquece o emocional, mas nada de tão definitivo como nós realmente precisamos. Leis, palavras e vontade ajudam, porém não mudam o comportamento, a falta de conhecimento e o preconceito.
Inclusão se
faz principalmente com solidariedade, grande dose de amor, mudanças de comportamento,
persistência e vontade indomável. E por toda uma população que absorve o
conteúdo que está sendo modificado.
Nada adianta
falar sobre a pessoa carente de necessidades especiais, o idoso, os que se
enquadram nos grupos dos excluídos e não sentir que o primeiro passo para
concretização de tal mudança é olhar para essas pessoas com naturalidade e
simpatia.
E quando digo
excluídos, abranjo todos aqueles carentes não só físicos mas que estejam
precisando de um gesto de amor, um sorriso, uma palavra, uma gentileza mas
principalmente solidariedade real para que a usemos como hábito benfazejo e
prazeroso.
Enquanto
pensamos exclusivamente em nossas próprias necessidades supérfluas, enquanto o
individualismo lidera no planeta inteiro e as guerras e ódios continuam como
podemos crer que o mundo esteja pensando em altruísmo, tentando extirpar o
egoísmo e entender o verdadeiro sentido da inclusão?
A ética de convivência com irmãos que fazem a
mesma caminhada na terra, deveria ser bastante clara e depender do discernimento de cada um. Já
era um passo maravilhoso.
Começar com
as nossas crianças, ensinando e orientando-as, falando do amor universal,
mostrando a missão que nos compete e o dever a ser cumprido em parcela mútuas e
profundas e estimulando a generosidade que
inclui a solidariedade de forma mais ampla e persuasiva.
Claro que é
importante campanhas que apóiam as pessoas carentes de recursos na área rural e
em todos os lugares cuja vida é
consumida pela pobreza, falta de meios para uma vida digna.
Mas antes
disso tudo, de todas as formas imediatas de ajuda, é preciso a profunda vontade
de que todas as pessoas sejam recebidas e estejam dentro de um grupo social
condizente, compreensivo, superlativamente
harmonioso, onde intrinsecamente a igualdade reine de maneira instintiva
e natural. Amor, a apologia do amor.
Receber isso
como caridade é o pior que pode acontecer a alguém. As mãos se estendendo num
gesto simples e humano sabendo que se fosse o contrário, eles também assim
procederiam e incitando a todos que estejam a nosso lado, essa fé indestrutível
que a inclusão social é a primeira medida, a mais humana, coerente, intrínseca
e que só depois dessa mudança total poderemos crescer interiormente e o planeta
poderá encontrar a paz necessária e o verdadeiro entendimento e ternura entre
os homens.
A velhice, a
deficiência, pessoas viciadas ou doentes fazem parte de um mesmo universo e os
diferentes são ao contrário, aqueles tão amargos e indiferentes que se julgam
perfeitos e não são capazes de amar a seus semelhantes, porque o orgulho, a
vaidade e o egoísmo estão transformando e deformando sua personalidade e seu
caráter.
Palavras não
bastam, precisamos agir, lutar por esse direito inalienável e que conturba toda
uma estrutura que é a exclusão, capaz de tornar o mundo um caos de violência e
sofrimento.
Vânia Moreira Diniz
www.vaniadiniz.pro.br
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