O amor de uma mãe
Vânia Moreira Diniz.
Vânia Moreira Diniz.
Dia das mães se aproxima e vemos
o movimento das pessoas, o comércio na data que a despeito de todos os
problemas financeiros chega ao clímax de suas vendas, os shoppings
superlotados, a propaganda nos meios de comunicação, tudo isso porque essa data
ímpar está se aproximando. E ser mãe por mais que a literatura tenha falado ou
exaltado, ainda não foi realmente expressa com exatidão à grandiosidade do que
significa.
Claro que estamos falando das
pessoas normais, cujos sentimentos são humanos, verdadeiros e cujo amor se
manifesta no mais nobre papel que alguém pode exercer...
Nascemos de uma mulher que nos
carregou, alimentou e amou durante nove meses, sem ao menos ver o rostinho que carregava,
mas em doação da alma que é maior que qualquer visão.
Dias das mães lembra acima de
tudo amor, mas também grandiosidade, ternura intensa, altruísmo e um
sentimento, o único que não depende de reciprocidade e cuja detentora não se
importa se é maior ou menor do que a pessoa amada. Ele existe, inerente,
completo e fantasticamente impressionante em suas proporções.Na verdade, esse sentimento, só é
verdadeiramente entendido por uma mulher, e assim mesmo quando se torna mãe.
Não que ele não seja cantado por todos, em prosa ou verso, falado, explicado e
eternizado, mas é tão profundo e diferente que é difícil que se chegue até o
âmago, a não ser realmente a mãe.
Por mais conflitos que tenhamos,
por mais diferenças existentes, por maior que seja a fenda que separa conceitos
e modos de entender a vida, o amor de mãe é em sua essência a mais magnífica
forma de amor. E quando a perdemos, é como se fosse enterrada nossas próprias
raízes, tal a profundidade que estamos ligados, tal a simbiose que desde os
tempos de gestação nos uniu tornando-nos um só.
Nunca senti uma sensação tão
especial e maravilhosa do que quando nasceram minhas filhas e pude
avaliar no sentido lato da palavra o significado do que é ser mãe. Uma sensação
que me acompanha até hoje da mesma forma, e me faz sofrer quando sofrem e ser
feliz quando as vejo radiantes. E prefiro sentir qualquer dor a imaginar que
elas estejam passando pela menor delas.
E são assim todas as mães, de
línguas, credos, raças, conceitos e países diferentes, elas se irmanam no mesmo
sentimento avassalador que as torna por assim dizer uniformes no amor. Não há
nada mais doce e profundo, terno e vibrante, firme e cheio de suavidade do que
essa ligação mãe e filho. E para isso podemos contemplar a sábia natureza e
entendermos pelos animais que são os seres mais instintivos como a mãe protege
a sua cria.
Domingo é dia das mães e quero
homenagear a todas que fazem parte dessa imensa e fascinante categoria, as que
carregam no peito a forma mais perfeita de amor, aquelas que estão com seus
filhos ainda no ventre ligadas pelo cordão umbilical, e as outras que se
dedicam no dia a dia, comemorando a felicidade ou ficando ao lado da cama de
seus filhos na doença ou na saúde, e ainda aquelas cujos filhos se foram
incompreensivelmente antes delas mas que não deixaram por isso de estar marcada
no seu coração para sempre, o único amor que não morre em nenhuma
circunstância.
Quero daqui, vendo toda a
violência e indiferença que o mundo está carregando de prestar também minha
homenagem às mães não só as que perderam seus filhos na barbárie de um
universo frio e indiferente, mas também aquelas que viram seus filhos ser algozes
e assassinos, o que deve fazer com que suas almas sangrem de desespero e
amargura.
Desejo enfim respeitosamente
cumprimentar a todas as mães do mundo inteiro, e aos filhos, à humanidade
toda que deveria ser unida e irmã simplesmente porque possuem ou possuíram
alguma coisa muito especial em comum: O amor de uma mãe
Vânia Moreira Diniz
Vânia Moreira Diniz