Dia Internacional da Mulher
Vânia Moreira Diniz
O dia
Internacional da mulher está se aproximando com muita vibração, uma data que
enobrece o ser humano, não só a nós mulheres como aos homens. E isso porque nos
lembra que ninguém poderia jamais permanecer aceitando um tipo de comportamento
que lembraria sempre em seus mínimos aspectos, exclusão, preconceito e maldade.
A mulher foi à luta e o homem teve que admitir pelo menos os mais
elucidados, que uma parceira não é simplesmente uma pessoa que o acompanha, mas
alguém com potencialidades imensas e de quem o mundo estava carente.
Embora tenha nascido numa família que sempre enalteceu o papel feminino com pai e avô admirando e respeitando as mulheres da família e todas em geral, tive oportunidade ainda pequena de presenciar uma cena dolorosa. Um parente afastado, cujo impulso me decepcionou dolorosamente pela demonstração de agressividade, insensibilidade e truculência que deixou marcas profundas e compreensíveis em minha alma.
Poderia ter sido um ponto negativo em minha vida, mas ao contrário deu-me mais vontade de lutar contra qualquer espécie de discriminação e permanecer mais doce e sensível, na certeza de que só com bondade e compreensão venceríamos as verdadeiras batalhas.
Poderia ter transbordado meu coração em dúvidas e incertezas, todavia uma força estranha e poderosa levou-me a amar vigorosamente as pessoas e realizar algo que fosse como um antídoto em determinadas situações transmitindo e recebendo carinho e ternura na grande maioria de meu entendimento com irmãos de caminhada.
A batalha dos direitos das mulheres continua sempre, embora vez por outra percebamos uma sutil ironia masculina na comemoração de tão gigantesca data. Mas esses são uma minoria e por isso mesmo não nos preocupa.
O Dia
Internacional das Mulheres nasceu não para desafiar, muito pelo contrário, veio
para que lembrássemos sempre de uma vitória que favoreceu a humanidade em
geral. É claro que temos ainda muita luta pela frente, e a certeza que devemos
ficar sempre alertas e conscientes. Não conseguimos tudo ainda. Em muitas
oportunidades vemos tristemente que a mulher em muitos aspectos sofre
preconceitos incompreensíveis e por isso continuamos determinadas e,
acreditando sempre nesse futuro promissor, em cada dia de nossas vidas. E já
vencemos a maior parte. Agora é só prosseguir com ética e sem fanatismos
incongruentes.
A luta está praticamente vencedora porém devemos lembrar-nos que nada é mais importante além da libertação e independência conquistadas do que as características oriundas de nosso sexo. Ou seja, a feminilidade deve ser a principal arma com a qual nos defenderemos intrínseca e verdadeiramente. Sem esse fascínio, sedução no sentido lato da palavra, de nada adiantará as vitórias conquistadas a duras e dolorosas batalhas porque se tornará impossível a concretização plena, mesclada de independência e feminilidade.
Caminhemos sempre preocupadas com
nossas vitórias no mundo, com firmeza e persistência o que, aliás, já é uma
evidência, mas convictas que nada será harmonioso se não conservarmos a
particularidade intrínseca que é a maior força da mulher: O encanto
natural, espontâneo, doce, desejável, mas resistente à qualquer machismo incompreensível,
atração verdadeira e maravilhosa, que vence obstáculos e ultrapassa empecilhos
quase intransponíveis.
E irmanada a todas as mulheres do mundo confraternizo-me pelo nosso dia que deve ser comemorado diariamente, com a fibra, coragem e valor de cada uma em particular, mas lembrando que será mais eficiente se estivermos unidas nos mesmos ideais.
Vânia Moreira Diniz
2013
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