quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vazio...


 Vazio...

Contemplo a minha volta e nada vejo

Não enxergo,

Tudo parece um grande mistério e rezo,

Sem entender os segredos que preservo,

 E conservo,

Dentro do

meu coração tão vazio.



Não encontro ressonância e me distancio,

Não acho a real certeza e me afasto,

Não vejo a luz que direciona e me aparto,

Como se nada conhecesse e me arredo.



Sinto a leveza, tento pegar e não consigo,

Pressinto a bondade e me aproximo,

Não alcanço a sua extensão e choro,

E procuro o ideal que já não creio.


As cores não são do extenso universo,

As dores perduram e triste lamento,

A frieza que se esconde no retiro

De ilusões em que me escondo.



Não quero sentir a saudade do encontro,

Das lembranças ocultas atrás  do muro,

Do sonho sempre e sempre revivido

E do passado que se foi no escuro.



Só a nostalgia perene eu vislumbro,

Sensação de terna loucura e vazio,

Efusões sepultadas no reencontro,

Coração para sempre machucado.



Ando, e me concentro,

Caminho,

O passo é lento,

inseguro

E encontro o vazio.

        Vânia Moreira Diniz

Um comentário:

  1. Vânia, que beleza!!! Retrato perfeito do que passa às vezes peloo nosso sentimento mais profundo. Mil beijos e parabéns!!!!
    Maizé

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