segunda-feira, 11 de julho de 2011

ENERGIAS RENOVADAS

                                         
         O ano está correndo já levando muitos sonhos que tivemos durante seu início. E continuo a sonhar. Isso é que é especial! Prosseguimos nossa fantasia independente de realizações e voamos como se realmente tivéssemos capacidade de realizar cada pensamento dourado.

       Costumo cismar em horas tardias em que posso me concentrar, sair um pouco do trabalho e enveredar no caminho fascinante de meus próprios pensamentos.Os sentimentos me despertam aquela instintiva atração pelo imaginário e finjo que vivo num paraíso eterno fazendo dele a base da minha vida atual e futura. E embarco suavemente, as ondas volteiam em mim como se quisessem dizer que a própria vida terá essas ondulações nos acontecimentos que estão por vir.

       São esses momentos que considero especiais, enquanto admiro a lua cujos reflexos dourados me fazem pensar na beleza de uma noite encantada. A minha sucessão de imagens é tão grande e variada que tenho a impressão que estou em outro espaço, absorvendo sua energia  e usufruindo os fluidos que emanam.

       Procuro um lugar bem escuro, e fecho os olhos para que possa absorver aquele momento de terna privacidade, em que me encontro comigo mesma tentando me conhecer melhor e mais profundamente. Sinto que entro em conflito nesse conhecimento muito íntimo e procuro harmonizar docemente fazendo minha alma compreender a aridez que não costumo aceitar.

        E vou me aprofundando mais e mais, querendo absorver aquelas regiões  desconhecidas , adversas, irreconhecíveis, traumatizadas que eu penetro numa ânsia de coragem e vigor.

        Desejo então recuar, mas não quero me desprestigiar com meu próprio interior e continuo célere e vibrante a me pedir um pouco de tranqüilidade.Finalmente posso entender uma parte do meu coração e entrar em harmonia com minha alma.

         Muito tocante esse conhecimento, essa intimidade lenta e progressiva, porém extremamente necessária num caminho que mal conheço e que, no entanto é minha própria essência a gritar para se manifestar inteiramente.

         Abro os olhos revigorada, mas sem saber exatamente donde venho e porque fui, estranhando todas as coisas que me cercam, sem conhecimento das figuras que me foram apresentadas e procuro  voltar à vida  tentando lembrar qual o próximo passo.

           Minha vontade é ver o sol, mas está escuro e me consolo com o brilho fulgurante das estrelas, e o azul luminoso do céu. Pergunto-me o que virá daqui a pouco e a sensação que experimentarei nesse momento, pós-análise de sentimentos que encontrei de perto.

             Já me vou. Sento à minha mesa de trabalho ainda tonta e procuro reconstituir meu passeio imaginário e incompreensível com energias renovadas vindas de dentro de mim. E encontro uma paz revitalizada. Não sei o que sinto, todavia entendo que estou em paz.
Vânia Moreira Diniz

Um comentário:

  1. Vâninha querida a Paz repousante no ser revigora e só dela é possível extrair o sumo do oceano luminoso do qual somos fração. Lindo texto, grata por compartilhar tua intimidade para que possamos nela regozijar-nos e contigo aprender o valor da meditação profunda.

    afetuoso abraço, virgínia fulber NHamburgo, RS Br

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