A manhã me
entendeu,
Veio
escura me despertar,
Trazendo
raios ocultos de esperança,
Pedindo-me
que eu me levantasse,
Crendo
como todos os dias,
Na vida
ali fora a se desenrolar,
Dizendo-me
dos dias que se sucedem,
Falando-me
de seus contrastes,
Ensinando-me
a crer nos dias mornos,
Implorando-me
meu constante sorriso,
Nos
momentos os mais diversos.
A manhã me
entendeu,
fria e
silenciosa me cercando,
Bafejando-me
com seu hálito,
Relatando-me
segredos,
Altiva e
langorosa, ensinando-me,
O encanto
das horas descrentes,
Fazendo-me
aprender a suportar,
Dores e
alegrias com igualdade,
Sendo a
companhia mais perfeita,
Nos
mistérios que se nos deparam,
Ao longo
da caminhada.
A manhã me
entendeu,
Meiga e
doce a me esperar,
Sem
impaciência ou aflições,
Desejando
me restaurar,
Falando-me
das horas exuberantes,
Do meu
riso sem limites,
Das
lágrimas incoerentes,
Dos sonhos
tão intensos,
Aspiração
e devaneios,
Pensamentos
eloqüentes,
Entusiasmos
desmedidos.
A manhã me
entendeu,
Manta
aquecida me estendeu,
Revelando
a luz radiosa,
Mostrando-me
o horizonte,
que eu
tanto amava,
O amor que
era profundo,
a paixão
que me dominava,
Condensando-os
num pacote,
Colorido e
fascinante,
E
depositando em meu coração,
A manhã me
entendeu...
Vânia Moreira Diniz
Vânia Moreira Diniz
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