Ando, devagar e pensativa,
Percorrendo lugares desconhecidos,
Admirando completamente cativa,
Os antigos vultos tão lembrados.
Na penumbra me detenho,
Concentrada e enigmática,
Na memória logo desenho,
Recente lembrança traumática.
Prossigo contemplando o além,
Desejando seu segredo adivinhar,
E divisando na paisagem aquém,
O ideal que eu quis realizar.
Pergunto-me para onde vou,
Nesse momento de indecisão,
Não consigo nem saber quem sou
E nem experimento a antiga vibração.
Novas alamedas surgirão,
Encostas margearão as avenidas,
Poderei novamente sentir meu coração
Aquecida pela inusitada acolhida.
Encontrarei brilho naquela luz,
Sentirei a vida vibrando em mim,
Escutarei a música que me seduz
E entenderei finalmente porque vim.
Vânia Moreira Diniz
Entendo seu coração e como não podia deixar de ser, suas palavras chegam a mim junto com sua própria presença. Beijos, saudades!!!
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